Quando devo mudar o meu logo?

O logótipo da sua empresa não tem (ou deve) ser sempre o mesmo.

Quando a saúde da marca está em jogo, certos negócios alteram o seu logo drasticamente numa total mudança de estratégia de marca. Alguns optam por uma cronologia de variações. Esta última é-nos talvez mais familiar: é o caso da Google, da Coca-cola, da Nike, do Twitter, da Barbie, da Ferrari… Na verdade, é difícil nomear marcas cujos logos tenham resistido ao passar do tempo. Até o logo dos AC/DC mudou quatro vezes.

As razões para mudar o logo, num processo de renovação da marca denominado rebranding, são muitas e regra geral são muito boas. Vamos vê-las.

1. A empresa mudou o seu conceito, missão, produtos ou serviços

Um bom exemplo de uma marca que se procura adaptar aos tempos e limpar a sua imagem através do logo seria o McDonald’s, que, na Europa, mudou o seu marcante vermelho para verde. O ano era 2007 e o Mc, que vinha a ser pressionado quanto à promoção incisiva de comida pouco saudável a um alto preço ecológico, tomou então uma série de ações e reformas em nome da sustentabilidade e adotou a cor verde no seu logo para comunicar esta mudança (outras mudanças foram ocorrendo, como a redecoração dos restaurantes).

2. Não é o visual certo para o público-alvo

Existe um padrão visual definido para as marcas consoante o setor profissional em que operam. Em geral, quando não conhecemos uma marca e esta nos é apresentada pela primeira vez, somos capazes de deduzir se vende perfumes ou se vende pneus.

A título de exemplo, certas cores são transversais. O vermelho tanto é uma cor que funciona para tarifários, como para perfumes. Mas clínicas de fisioterapia? A cor predominante é o azul ou o verde, que transmite segurança, competência e tranquilidade: tudo coisas que queremos quando um fisioterapeuta está a dobrar a nossa perna numa direção totalmente nova para nós.

O mesmo acontece com a tipografia, como é o caso do logo da Dior: vemos serifa, vemos linhas finas, e, mesmo sem pensar, sabemos que traduz sofisticação, luxo e classe. É totalmente diferente da tipografia gótica, abrupta e energética do logo dos AC/DC.

Podia usar a tipografia dos AC/DC para vender um perfume? Sim. Mas, se perguntasse a vários transeuntes, é provável que o encarassem como um perfume para homem ou, no máximo, para uma jovem mulher cheia de atitude.

— Porque é que afirmam isso? — pergunta você a esses transeuntes, porque está a tentar perceber se o logo da sua empresa vai de encontro ao seu público-alvo.

— Não sabemos. É simplesmente assim.

Se por acaso um deles fosse o falecido psicólogo Carl Jung, ele falar-lhe-ia no inconsciente coletivo, onde residem imagens virtuais comuns a todos os seres humanos.

Enfim, se estivesse a tentar vender esse perfume a uma mulher nos seus 40 ou 50 anos, que se quer sentir como a Charlize Theron, é provável que o olhar dela passasse por cima do seu perfume roqueiro quando visitasse a perfumaria local. O mesmo pode perfeitamente estar a acontecer com o seu público-alvo.

3. O logo está desatualizado

Os clientes gostam de sentir que estão a fazer negócio com uma empresa que se mantém atualizada e atenta aos tempos que correm. Ninguém quer lidar com uma imagem obsoleta, que, infelizmente, é uma situação comum em Portugal.

Renovar o registo do logo para integrar tendências visuais mais atuais é algo a considerar seriamente quando uma marca já circula há algum tempo e começar a criar indiferença no seu público, que faz a escolha consciente de desaderir.

4. Há problemas técnicos

Para replicar facilmente um logo, há que seguir um conjunto de regras e assegurar uma boa resolução e enquadramento. Fez upload do seu logo como foto de perfil no Facebook e fica pixelizado ou cortado pela moldura? Há que usar os ficheiros corretos, configurados de antemão para não causar má impressão.

Há que ter em conta muitas questões importantes quando se cria um logo, tal como o seu uso em meios digitais ou suportes físicos, como cartões de visita e restante estacionário, ou até o seu desdobramento. Imagine-se uma empresa que faz software e pretende aplicar o seu logótipo a cada produto, mas diferenciando-os, como é o excelente exemplo da FedEx. À medida que o seu negócio se expande, há que considerar a sua imagem: vai constituir limitações?

Deve existir também uma versão preta e uma versão branca do logo, caso seja necessário sobrepor-se a uma imagem visualmente intensa, ou um fundo escuro ou claro.

Agora que tem respostas para as suas perguntas, analise a questão. Talvez seja tempo de virar o jogo e mudar o logo, para um novo começo e um novo impulso na sua comunicação.

Se é muita coisa a ter em conta e quer tudo bem feito, dê-nos um toque e preencha o nosso formulário de pedido de contacto. Nós fazemos logos, branding & rebranding.

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