Acessibilidade Web — o que é?

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Já se perguntou se a internet é realmente acessível a todos? Na verdade, nem sempre é.

As pessoas portadoras de algum tipo de deficiência visual, auditiva e física encontram frequentemente obstáculos à sua utilização de certos websites, aplicações ou redes sociais que não estão devidamente adaptadas.

Sendo que a internet é crucial para o nosso quotidiano, seja para fazer compras, trabalhar, aceder a conteúdo de entretenimento ou submeter documentos — deve ser combatida a exclusão social e digital das pessoas portadoras de necessidades especiais.

Por exemplo, como pode uma pessoa invisual navegar uma aplicação como o Instagram? Como sabe, é uma rede social que se apoia maioritariamente numa vertente visual, em imagens e vídeos com um forte cariz estético.

Se a todas as fotografias o utilizador adicionasse uma descrição a ser lida por um sintetizador de voz (“Daniel, de óculos de sol, posa na praia ao nascer do sol com a sua prancha de surf”). Seria uma experiência muito mais enriquecedora, variada e detalhada.

Felizmente, o Instagram dispõe de texto alternativo automático, que utiliza a tecnologia de reconhecimento para fornecer uma descrição visual de fotos para pessoas com deficiência visual. Sabia? A maioria dos browsers hoje em dia oferecem este tipo de apoio.

 

De facto, está estipulado na lei a definição dos “(…)requisitos de acessibilidade dos sítios web e das aplicações móveis de organismos públicos”. Trata-se do Decreto-Lei n.º 83/2018, de 19 de outubro. Este define a acessibilidade como “os princípios e técnicas a observar na conceção, construção, manutenção e atualização de sítios web e aplicações móveis de forma a tornar os seus conteúdos mais acessíveis aos utilizadores, em especial a pessoas com deficiência”.

 

Para este propósito, foram criadas diretrizes de acessibilidade para conteúdo da web pela W3C (World Wide Web Consortium). Esta é a principal organização de padronização da World Wide Web.

Estas diretrizes chamam-se, no inglês original, Web Content Accessibility Guidelines (WCAG).

 

Aqui estão alguns exemplos práticos das mesmas:

  • Um vídeo deve ter audio descrição ou uma interpretação em língua gestual;
  • Uma imagem deve fornecer um texto alternativo ou uma legenda descritiva para que possa ser interpretada por um sintetizador de voz;
  • O conteúdo não deverá ser organizado por cor, para a melhor inclusão de pessoas com daltonismo;
  • Entre muitos outros, alguns dos quais vão além de texto e áudio e pertencem à dimensão técnica da programação.

 

A internet está sempre a evoluir quanto à experiência de utilizador que oferece, na tipologia do seu conteúdo e nas diferentes plataformas e operações que são possíveis. Por isso, as diretrizes criadas pela W3C têm vindo a receber alterações para incluir diferentes critérios de inclusão e constituem à data de publicação deste artigo, a versão 2.0.

Existem níveis de acessibilidade que podem garantir a um website a certificação de acessibilidade. De modo muito sucinto, dividem-se da seguinte forma:

Nível A: cumpre vários critérios WCAG, mas não todos. Oferece, por exemplo, a disponibilização de legendas para áudio gravado;

Nível AA: este é o nível mais requerido para a emissão de um certificado de acessibilidade web. Cumpre critérios muito mais avançados. Por exemplo, já oferece legendas para áudios ao vivo.

 

Existem diversas ferramentas que testam e atestam um website no que toca à acessibilidade, verificando de forma rápida o grau de acessibilidade das páginas web.

O Teste de Acessibilidade Web (TAW) é uma análise automática de uma página, oferecendo um relatório de resultados. Ao submeter um website para análise, é possível saber em que aspetos cumpre ou não cumpre as diretrizes.

Existem várias ferramentas, geralmente disponibilizadas pelo governo, para testar automaticamente um site. Passando no teste, pode ser requerida uma Declaração de Acessibilidade. Para tal, a Agência para a Modernização Administrativa (AMA), desenvolveu um Gerador da Declaração de Acessibilidade e Usabilidade. como parte do WAI-Tools project, um projeto da WC3 e co-financiado pela União Europeia especialmente dedicado à acessibilidade web.

Uma vez que obtenha a declaração, esta deve ser, por lei e sob diretrizes específicas, tornada pública no seu website inclusivo.

Necessita de um website ou de um portal de online acessível? Tem questões sobre a experiência de utilizador e como pode fazer a diferença entre os seus clientes?

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